Em um formato que lembra uma novela, Um Broto Legal mostra com competência o crescimento de Celly Campelo em sua ascensão para a música. Confira a crítica completa.

O rock and roll estava em ascensão nos anos 50-60, por influência de Elvis Presley e sua presença no rádio. Agora, imagina uma mulher no Brasil buscando seu espaço na música, e percebendo neste ritmo a oportunidade de crescimento dentro da música. Esse e mais fatores mostram o quanto Celly Campelo é importante, não só para música, mas para o rock no Brasil.
O filme dirigido por Luiz Alberto Pereira (“Tapete Vermelho”, “Hans Staden”) tem um caminho claro, mas busca em suas narrativas entender o crescimento a partir de seu irmão Tony Campelo. E esse é o protagonismo proposto aqui, de explorar Tony primeiro e depois Celly.
A jornada é simples e lembra uma jornada de descoberta do protagonista, mas aqui temos uma jornada de família, e como o irmão busca seu espaço e depois traz sua irmã para o estrelato. Isso pode até mesmo confundir o espectador inicialmente pela forma com que o diretor e roteiro conduz a história, fazendo sentido apenas nos atos finais.
Há uma forma didática de trazer a história, o que é ótimo para quem não conhece ambos, a preocupação de dar detalhes para ambos é interessante. Afinal estamos vendo um filme de família, acima de tudo.
Estes dados acabam sendo predominantes para a época, afinal temos a diferença entre uma mulher e um homem na música comercial. O longa busca amplia e deixar claros alguns elementos, principalmente nos relacionamento entre Celly e Tony.

Como vemos essa história de uma forma que assistimos uma telenovela da época, é interessante, afinal damos importância aos figurinos e condução da história. Um Broto Legal sabe entender a busca de uma voz feminina.
A importância do filme não muda mesmo entendo a importância de um elemento humano masculino. Ele dá a mesma importância aos dois, entendendo que um cantor masculino tem sua importância.
O crescente do filme preserva isso, deixando o núcleo familiar entender o que ocorre em sua volta. Essa forma de abordar a narrativa se mostra importante apenas no seu final.
Inclusive é um grande acerto do filme não se basear nas grandes músicas de Cely e Tony, elas são usadas em momentos para justamente surpreender o espectador e marcar alguns pontos.
A forma com que vemos história tem um ‘ar’ noveslesco, com a fotografia que mantém a mesma atmosfera, nada que interfira a narrativa ou chegue a incomodar, porém, há um cuidado em trazer uma narrativa linear de tudo.
Um Broto Legal é diferente das cinebiografias atuais, porém tem um cuidado de ser ‘pé no chão’ e preservar a história de Celly e principalmente, mostrar sua história para quem não a conhece.
Nota: 3/5
Contato: naoparecemaseserio@gmail.com
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